Onde vivemos?
O que queremos da vida? Quais são nossos sonhos? Por que sempre as mesmas
perguntas?
Onde estão
todas as respostas para tais perguntas? Não vamos saber não é? Hoje acordei
como uma criança! Fiz milhares de perguntas e só consegui irritação, aceitação
e mais perguntas. Perplexa com isso isolei-me! Busquei em mim possibilidades e
antigas fantasias. Inexistentes ou
incapazes de realmente existir em qual quer lugar e em mim. Afinal não passam
de uma abstração do meu próprio eu e dos meus desejos.
Vivemos em um
mundinho sujo, pois nele podemos nos apoiar em tudo e simplesmente em nada,
basta imaginar. Basta parar de querer acreditar na realidade das coisas. A
fragilidade de nossas percepções é só o que importa para distorcer o sutil
panorama que nos certa. Mas o cansaço ajuda.
O cansaço
seria a rotina, a falta de emoções
transeuntes, de simples gesto magníficos de satisfação. O jantar
perfeito, a noite perfeita, a lua perfeita, o lar perfeito... Nada disso pode
existir, por que aparentemente a simples idéia de perfeição é impossível. Por
que não seria?
Mas a falta de
movimentação cansa. A falta de ascensão ou reconhecimento. A falta que a falta
nós faz, afinal sentir falta de algo move o universo as muito tempo. Saudade é
um poluente, mas ao mesmo tempo um forte combustível. Acredito que quando não
existe a sono e tédio.
Onde está o
doce brilho da vida? O peque fulgor que nos aproxima, nos motiva. Ter tudo que
se deseja ou desejou, cansa. Assusta. Entristece. Não conseguir o mais
aparentemente simples objetivo desmotiva e até enlouquece.
Que banalidade
nos leva a pensar em vencer? Quem é capaz de tal coisa? As vezes penso que um
mundo de guerras e guerreiros é a forma mais fácil de levar a vida. Jogar como
se a vida fosse poucas escolhas, poucos caminhos, poucos destinos e em todos
eles um só resultado. Batalhas de vida ou morte.
Historias e
historias uma atrás da outra são contadas, e por fim nem uma nem duas
introduções são o bastante para saber do que o verdadeiro herói é capaz. Ele
até pode pensar em usar a lógica, mas de que saber disso vai ajudar no final,
quando todos somos guerreiros com poucas opções, planos e aventuras nunca
serram o bastante em um mundo que a esquecer a metafísica é o melhor que
fazemos, já que de nada ela nos serve na pratica, apenas só mais uma ciência
macabra como a lógica.
Pois no final
de uma pagina sem sentido o que nós falta é combustível e as vezes algumas
gotas de um forte e raro veneno que nos livra da culpa e das obrigações de ser
apenas mais um em meio a inúmeras pessoas que jamais serram alguém nessas
historias