sexta-feira, 13 de abril de 2012

Quem?


O que são dias que passamos ouvindo musicas, encolhidos em nossas camas?
Esperando por um resgate divinal de um ser que talvez nunca exista.
São remedias com efeitos inesperados, são laços inacabados, são traços de um relacionamento desfeito.
Quem é alguém para julgar o que deve ser feito?
Quem é alguém para saber o que se passa forte e latente dentro da minha cabeça, passa rastejante pela minha mente e escorre para meu peito?
Os dias de pluralismo divino surgem como palavras ao vento nos dedos rígidos que vagarosamente ganham o comando da mente e passam a resposta ao teclado, mas o fabuloso resultado da confusão não pode ser sempre a magia dos escritores, pintores e artistas.
A “musa grega” não era chamada melancolia ou desespero, afinal confusão é isso. Nada mais. A agonia de não saber, de estar fora do comando, deixando se perder ao desconhecido.
Oh! Melancolia! Que musa linda se apresenta a mim! Doença que altera o humor, que enriquece a alma, e ao mesmo tempo nos deixa inúteis e incapazes.
Como somos chatos e irritantes os melancólicos, sábios os de nós que nasceram na renascença onde eram gênios, poetas e logo grandes e famosos suicidas.
Como então viver de questão tão torrentuosas, nebulosas e insanas?
Quem é alguém?