quinta-feira, 14 de março de 2013

O cômodo

Eu abri a porta e olhei a profunda escuridão do comodo vazio. Tatiei cada parede de cima a baixo,  mesmo sem nada enxerga.
Não havia nada lá. Andei ainda no mas pleno breu até um canto e sentei.  Cruzei meus braços sobre minhas pernas e me balancei.  Era muita escuridão.
Tão tempo passou,  que simplismente a noção de tempo podia ter deixado de existir.
Os olhos piscavan calmamente sem preça,  mas agora ja se via sombras e não só escuridão. Com o passar do tempo as sombras eram distinguidas, mas só havia paredes.
Com o tempo cansada de estar sentada caminho até a porta. Ela não abria mais. Estava presa nas sombras.
O desânimo consumia cada segundo do seu ser que era mutilado pelas sombras.
Chorrou e gritou por socorro. Ninguém veio.  Chorrou silenciosamente, como o pranto sem mais esperança. Nada mais existia. O mundo acabará dentro do comodo. Nao sabia como tinha ido parar lá. Fora forçada? Aprisionada?
Mas a verdade é que entrou com seus próprios pés. O que queria quando entrou?
Deitada, cansada e sem esperanças observou a porta abrir vagarosamente e uma forte luz branca invadir tudo.
Com toda a força que restava levantou caminhou para a porta.  Olhara o lado de fora e não enchergou nada.
Fechou os olhos com força e deu um passo para trás. Com os braços cansados fechou a porta e voltou a escuridão. Tudo recomeçaria.
Porem esperava dessa vez achar algo.

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